Um povo não é livre em águas mornas
não se abre a liberdade com gazuas
à força do teu braço é que trasnformas
as fábricas e as terras que são tuas.

Abre os olhos e vê. Sê vigilante
a reacção não passará diante
do teu punho fechado contra o medo.

Levanta-te meu povo. Não é tarde.
Agora é que o mar canta é que o sol arde
pois quando o povo acorda é sempre cedo.


Ary dos Santos

Um comentário:

  1. Da Condição Humana

    Todos sofremos.
    O mesmo ferro oculto
    Nos rasga e nos estilhaça a carne exposta
    O mesmo sal nos queima os olhos vivos.
    Em todos dorme
    A humanidade que nos foi imposta.
    Onde nos encontramos, divergimos.
    É por sermos iguais que nos esquecemos
    Que foi do mesmo sangue,
    Que foi do mesmo ventre que surgimos.

    Ary dos Santos, in 'Liturgia do Sangue'

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