Lou Salomé

Adolescente ainda, Lou vendera jóias às escondidas para comprar a obra integral de Spinoza. Nesta quotidiana capacidade de escapar às configurações do tempo radicava esse natural senso que faz com que muitas das suas considerações sobre Deus, ou sobre a rivalidade vida/arte (arduamente vivida em Rilke, grande amor da sua existência), ou sobre a Guerra, ou sobre a Paixão e o Erotismo, permaneçam tão clarividentes e actuais. Para epígrafe das suas memórias, Lou Salomé escolheu esta frase de Lou Salomé: "(...) Longe, muito longe da velha divisa: "fazer da vida uma obra de arte" - somos nós a nossa obra de arte".


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