Não haviam botas para a Marta, não haviam camisolões grossos para a Cris, não haviam malas giras para a Marta, não haviam cachecóis para a Cris. Havia muita muita chuva, um guarda-chuva pequeno e autocarros que passaram e molharam. Mas havia croissants e chocolate quente do bom, temas de conversa picantes e muitas saudades para matar.
Adoro-te minha Cris, já tenho saudades tuas!
É muito bom acordar, após uma bela noite de festa, com uma chamada da nossa bff a dizer que tá em Lisboa e que nos quer ver.

Pensamentos durante o filme (com um nervoso miudinho na barriga): "Eu nem acredito que estou a torcer pelo assaltante!".

Boas vibrações para o Ruivo que faz hoje 20 anos, e para a Marta que tem teste de direito Administrativo!
Fecharia os olhos sob os anéis dos astros e entre os violinos e os fortes poços da noite, descobriria a ardente ideia da minha vida.



Herbeto Helder



Mais un jour je vivrai mes chansons
Poupée de cire, poupée de son
Sans craindre la chaleur des garçons
Poupée de cire, poupée de son

Agatha Christie

Quando, em meados de 1926, Agatha se refugiou em Asfield, ainda não sabia que não se pode regressar ao paraíso de outrora. Ia à procura do perfume raro de um casamento feliz, essa "produção raríssima" que os pais dela tinham conseguido realizar. Ia à procura da desvanecida imagem desse Mr. Henry James que vinha para o chá e lhe pegava ao colo. Lembrava-se de ouvir a mãe dizer que Mr. James era um snob, porque exigia uma pedra de açúcar partida em dois para o chá, quando um cubo faria o mesmo. A Agatha de 1927 fez-se famosa, sociável e divertida. Passou a escrever com mais calma (três livros por ano, em vez de cinco), inventou uma simpática Miss Marple, sempre pronta a esperar o pior dos outros e o melhor de si mesma. E matou a outra, a Agatha inocente que poderia parecer a esfinge sem segredo de Mr. James. Matou a outra - porém, ao rumor sereno dos jardins, depois do inventário das culpas, os mortos continuam a beber o sangue dos vivos.


Inês Pedrosa, 20 Mulheres para o século XX
Gillian: You ever put your arms out and spin really, really fast?
Antonia: She does it all the time.
Gillian: She does? Well, that's what love is like. It makes your heart race. It turns the world upside down. But if you're not careful, if you don't keep your eyes on something still, you can lose your balance. You can't see what's happening to the people around you. You can't see that you're about to fall.



Practical Magic, 1998
Fui dar com ela no quarto a chorar, o telemóvel
Atirado para um canto. Entre lágrimas, foi dizendo
(E tem doze anos) que seu amigo decidira que deviam
Esperar. Sua mensagem: «Só o amor verdadeiro está
Por vir». É ténue a diferença (pensei) entre um galã
E um filósofo. Mas ela, sobretudo, descobrira que os
Novos instrumentos «mordem» tanto como os antigos,
Salvo que muito mais depressa. A mentira vende. Para
A publicidade, na nova comunicação é impossível a má
Notícia. Por que não trocam com os jornais?


Maria Gabriela Llansol

I love you S


Tenho saudades das idas à Baixa e das compras. De dormir na casa dela e de ver filmes até às 5h da manhã. Tenho saudades do riso dela, de chorar com ela quando alguma coisa parva me passa pela cabeça. Tenho saudades do espelho vintage que ela traz sempre dentro da mala e dos batons do cieiro e do perfume. Das roupas e das botas giras que ela usa sempre. Dos crepes com chocolate que só com ela sabem bem. Tenho muitas saudades. Tantas que às vezes me aperta o coração de tal maneira que me dá vontade de agarrar em mim e de me meter num expresso para Coimbra.

Morrer de saudades parece exagero, mas é mesmo assim que me sinto.

A Marta foi! E o Alex e o Diogo também...


E adoramos! Para a semana DocLisboa connosco!

A todas as pessoas que esfregam a mala nas portas que dão acesso à plataforma do metro...

Cridos, deixem-se disso. Enerva os que estão à espera na fila, enervam-se a vocês, enervam a mala que fica toda estragada. É muito mais simples retirar o cartão da carteira e passá-lo e seguirem viajem do que a triste cena que se metem para ali a fazer. Por favor, pela sanidade mental de todos.

Obrigado

Mais duas amigas vieram viver cá para casa. A Audrey e a Marilyn adoraram a ideia de vir para a nossa sala. Estão em casa!


Je ne sais pas comment te dire
J'aurais peur de tout foutre en l'air
De tout détruire
Un tas d'idées à mettre au clair
Depuis longtemps
Mais j'ai toujours laissé derrière
Mes sentiments

Eu vi a terra limpa no teu rosto,
Só no teu rosto e nunca em mais nenhum


Eugénio de Andrade



El cielo está cansado
Ya de ver la lluvia caer
Y cada día que pasa
Es uno más parecido a ayer
No encuentro forma alguna de olvidarte
Porque seguir amandote es inevitable

Siempre supe que es mejor
Cuando hay que hablar de dos
Empezar por uno mismo

Ya sabrás la situación
Aqui todo está peor
Pero al menos aún respiro

No tienes que decirlo
No vas a volver, te conozco bién
Ya buscaré que hacer conmigo

A quinta-feira é mesmo o dia do estudante. Ontem houve mais uma noitada de estudo com o Miguel.
Apetecia-me ver o novo episódio de Gossip e de Dexter. Apetecia-me rever o Dans Paris. Mas fui mais forte e acabei a estudar até me deitar morta de cansaço. A minhas mãos já estavam cheias de tinta (sim, nunca mais compro 10 canetas a 1euro, largam tinta e borram tudo) e doiam-me as costas.
A Mafalda foi fazer cupcakes da Rosinha e eu fiz chá inglês. O Miguel conseguiu entornar chá nos apontamentos dele, e eu, no fim da noite, consegui imitá-lo.

E não há nada mais fácil do que fazer cupcakes da Rosinha: 3 colheres de farinha, 3 colheres de açúcar, 1 ovo, 1 colher de óleo, 1 colher de leite, 2 colheres de chocolate em pó. Mexe-se tudo e vai ao microondas durante dois minutos. Eu e a Mafalda, como somos gulosas, gostamos de barrar nutella por cima e polvilhar com açúcar, mas isso fica ao gosto de cada um (nem acredito que acabei de dizer "polvilhar" e "ao gosto de cada um" no meu blog).

"I want to go some place where I can marvel at something."
Não sou capaz de copiar a natureza como um escravo; sinto-me, pelo contrário, obrigado a interpretá-la e adaptá-la ao espírito do quadro. Todas as minhas ligações de cores devem conduzir a um acordo vivo de cor, a uma harmonia, como a da música.


Henri Matisse




Avant la haine, avant les coups
De sifflet ou de fouet
Avant la peine et le dégout
Brisons-là dis-tu




I beg your pardon,
I never promised you a rose garden.
Along with the sunshine,
There's gotta be a little rain sometimes.
When you take, you gotta give, so live and let live,
Or let go.
I beg your pardon,
I never promised you a rose garden.

Hoje foi dia de...




Baixa = compras compras compras
cupcakes = calorias calorias calorias
Audrey = Férias em Roma

Caso 22 - Família

Em Janeiro de 1987, Ana, filha de Carlos e Diana, contrai casamento católico com Bernardo, filho de Eduarda e Filipe.
Dois meses depois, descobrem que Eduarda e Carlos são irmãos naturais.
Em Fevereiro de 1999, é declarada morte presumida de Ana, que desaparecera há alguns anos em circunstâncias misteriosas.
Em Julho de 1999, Diana, que se divorcia de Carlos, tenta suicidar-se. Não morre, mas fica em estado grave. Na altura os médicos não lhe dão mais do que uma semana de vida. Diana ameaça Bernardo de o denunciar à polícia, se este não casasse consigo, afirmando ter provas concretas de que foi Bernardo quem matou Ana.
Em 15 de Julho de 1999, Bernardo, receoso de tal denúncia, contrai casamento urgente, perante um páraco, com Diana, que fora adoptada restritamente por Filipe.
Alguns dias depois, para que Bernardo a perdoasse do sucedido, Diana doa-lhe um apartamento de 100.000 euros.
Constata-se, logo após o casamento, que afinal a situação de Diana não era tão grave como os médicos diagnosticaram.
Entretanto, descobre-se que Diana sofria de anomalia psíquica desde Janeiro de 1999. O conservador de Registo Civil decidiu não transcrever este casamento.
Em Dezembro de 1999, Ana regressa.
Em Janeiro de 2000, Diana é dada como curada de anomalia psiquíca.
Em 10 de Fevereiro de 2000, é celebrado casamento civil entre Diana e Guilherme.
Em Setembro do corrente ano, vem-se a descobrir que Guilherme é filho natural de Filipe, filiação que não se encontrava estabelecida à data da celebração do casamento.


Carlos Pamplona Corte-Real, Casos Práticos Direito da Família e Direito das Sucessões

Acho que os casos práticos de Direito da família foram inspirados nas novelas da TVI.