"Eu queria dizer que não?
Eu não nasci pra ficar sem ti
Mas só pra nos é que isso faz sentido
E não são os bens que tu me dás
Nem o medo que tu me dás
É aquilo que tu me fazes sentir
Eu nem sei se te ouvi, mas
Quando tu não tas não sei se tou vivo, e
Amor igual ao teu eu sei que eu nunca tive, e
O teu lugar em mim eu sei que esse é cativo, e
Venha o que vier a nossa historia não acaba aqui
Desde o principio que o que eu senti foi o que eu segui
Contra tudo e tudo mas agora não tou conseguir
Vê-la deitada na minha cama e eu pensar em ti
Se a realidade é maior do que a ficção
As palavra que eu te digo ao ouvido já fico são
De verdade e pra marcar pra sempre a nossa ligação
Mas hoje
Eu queria dizer que não
Mas estou contigo
Eu queria dizer que não
Mas não consigo"
Eu não nasci pra ficar sem ti
Mas só pra nos é que isso faz sentido
E não são os bens que tu me dás
Nem o medo que tu me dás
É aquilo que tu me fazes sentir
Eu nem sei se te ouvi, mas
Quando tu não tas não sei se tou vivo, e
Amor igual ao teu eu sei que eu nunca tive, e
O teu lugar em mim eu sei que esse é cativo, e
Venha o que vier a nossa historia não acaba aqui
Desde o principio que o que eu senti foi o que eu segui
Contra tudo e tudo mas agora não tou conseguir
Vê-la deitada na minha cama e eu pensar em ti
Se a realidade é maior do que a ficção
As palavra que eu te digo ao ouvido já fico são
De verdade e pra marcar pra sempre a nossa ligação
Mas hoje
Eu queria dizer que não
Mas estou contigo
Eu queria dizer que não
Mas não consigo"
If I could say what I want to say...
If I could say what I want to say
I'd say I wanna blow you... away
Be with you every night
Am I squeezing you too tight
If I could say what I want to see
I want to see you go down
On one knee
Marry me today
Guess, I’m wishing my life away
With these things I’ll never say
Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...
Alberto Caeiro
Você não vai me acertar, À queima-roupa
Vem cá, me deixa fugir, me beija a boca
Às vezes parece até que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só
Não demora eu tô de volta...
Vai ver se eu tô lá na esquina, devo estar...
Já deu minha hora e eu não posso ficar...
A lua me chama, Eu tenho que ir pra rua...
A lua me chama, Eu tenho que ir pra rua
I hate the way you talk to me,
and the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car,
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots
and the way you read my mind.
I hate you so much it makes me sick,
it even makes me rhyme.
I hate the way you’re always right,
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh,
even worse when you make me cry.
I hate it when you’re not around,
and the fact that you didn’t call.
But mostly I hate the way I don’t hate you,
not even close…
not even a little bit…
not even at all.
10 things i hate about you
and the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car,
I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots
and the way you read my mind.
I hate you so much it makes me sick,
it even makes me rhyme.
I hate the way you’re always right,
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh,
even worse when you make me cry.
I hate it when you’re not around,
and the fact that you didn’t call.
But mostly I hate the way I don’t hate you,
not even close…
not even a little bit…
not even at all.
10 things i hate about you
Deram-me o silêncio para eu guardar dentro de mim
A vida que não se troca por palavras.
Deram-mo para eu guardar dentro de mim
As vozes que só em mim são verdadeiras.
Deram-mo para eu guardar dentro de mim
A impossível palavra da verdade.
Deram-me o silêncio como uma palavra impossível,
Nua e clara como o fulgor duma lâmina invencível,
Para eu guardar dentro de mim,
Para eu ignorar dentro de mim
A única palavra sem disfarce -
A Palavra que nunca se profere.
Adolfo Casais Monteiro
Paciência
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
But then they sent me away
To teach me how to be sensible,
Logical, oh responsible, practical
And they showed me a world
Where I could be so dependable
Clinical, oh intellectual, cynical.
There are times when all the world's asleep
The questions run too deep
For such a simple man
Won't you please,
Please tell me what we've learned
I know it sounds absurd
But please tell me who I am
Hás-de vir a minha casa
Penso noutra coisa mas é só nisso que penso
E quando entrares em minha casa
Despes a roupa toda
E ficas imóvel nua em pé com a tua boca vermelha
Como os pimentos vermelhos pendurados na parede branca
E depois deitas-te e eu deito-me junto a ti
É isso
Hás-de vir a minha casa que não é a minha casa
Jacques Prévert
Recomeça....
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Miguel Torga
Se puderes
Sem angústia
E sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro
Do futuro
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado,
Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar.
Sempre a sonhar e vendo
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua a loucura
Onde, com lucidez, te reconheças...
Miguel Torga
Tarde turquesa
Quarenta graus
Talvez porque você não esteja
tudo lateja
Tarde sem nuvem
Cinquenta graus
Talvez por sua ausência
tudo derreta
Noite sem ninguém
Nada se mexe
Eu sonho nosso amor a sério
E você em outro hemisfério
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo parece
Derreter
Adriana Calcanhoto
Quarenta graus
Talvez porque você não esteja
tudo lateja
Tarde sem nuvem
Cinquenta graus
Talvez por sua ausência
tudo derreta
Noite sem ninguém
Nada se mexe
Eu sonho nosso amor a sério
E você em outro hemisfério
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo derrete
Enquanto tudo parece
Derreter
Adriana Calcanhoto
Decido encher todas as minhas páginas em branco
com as mais belas combinações de palavras
que seja capaz de engendrar.
E depois, porque quero assegurar-me
que a vida não é absurda
e não me encontro só sobre a terra,
reúno-as todas num livro
e ofereço-o ao mundo.
Este, retribui-me com a riqueza,
a glória e o silêncio.
Mas não sei que fazer com este dinheiro,
nem que prazer tirar
de contribuir para o progresso da literatura,
pois só desejo o que jamais obterei
- a certeza de que as minhas palavras
tocaram o coração do mundo.
É então que me pergunto
o que vem a ser o meu talento,
e descubro que não passa de uma forma
de me consolar da solidão.
Risível consolo - que apenas me torna
cinco vezes mais pesada
a solidão
Stig Dagerman
com as mais belas combinações de palavras
que seja capaz de engendrar.
E depois, porque quero assegurar-me
que a vida não é absurda
e não me encontro só sobre a terra,
reúno-as todas num livro
e ofereço-o ao mundo.
Este, retribui-me com a riqueza,
a glória e o silêncio.
Mas não sei que fazer com este dinheiro,
nem que prazer tirar
de contribuir para o progresso da literatura,
pois só desejo o que jamais obterei
- a certeza de que as minhas palavras
tocaram o coração do mundo.
É então que me pergunto
o que vem a ser o meu talento,
e descubro que não passa de uma forma
de me consolar da solidão.
Risível consolo - que apenas me torna
cinco vezes mais pesada
a solidão
Stig Dagerman
Sally: Sometimes I feel like there's a hole inside of me, an emptiness that at times seems to burn. I think if you lifted my heart to your ear, you could probably hear the ocean. The moon tonight, there's a circle around it. Sign of trouble not far behind. I have this dream of being whole. Of not going to sleep each night, wanting. But still sometimes, when the wind is warm or the crickets sing... I dream of a love that even time will lie down and be still for. I just want someone to love me. I want to be seen. I don't know. Maybe I had my happiness. I don't want to believe it but, there is no man, Gilly. Only that moon.
Movie: Practical Magic
seguíamos a água
porque a secura nos cercava
como um animal
quase louco
do alto de pedras antigas
avistávamos cidades
para onde partíamos
a todas as horas
metrópoles
de ventos eufóricos
que nos sopravam
a humanidade inteira
na forma
do grito e do olhar
e no incêndio infinito
do sangue
e eram tão poderosas
as palavras que sabíamos
tão nobres os silêncios
por onde elas espelhavam
e tão grande
era tão grande o coração
que as ouvia,
que as guardava
num secreto
para sempre!
Gil T. Sousa
These things are there. The garden and the tree
The serpent at its root, the fruit of gold
The woman in the shadow of the boughs
The running water and the grassy space.
They are and were there. At the old world's rim,
In the Hesperidean grove, the fruit
Glowed golden on eternal boughs, and there
The dragon Ladon crisped his jellwed crest
Scraped a gold claw and sharped a silver tooth
And dozed and waited through eternity
Until the tricksy hero Herakles
Came to this dispossession and the theft.
Randolph Henry Ash, from The Garden of Proserpina, 1861
The serpent at its root, the fruit of gold
The woman in the shadow of the boughs
The running water and the grassy space.
They are and were there. At the old world's rim,
In the Hesperidean grove, the fruit
Glowed golden on eternal boughs, and there
The dragon Ladon crisped his jellwed crest
Scraped a gold claw and sharped a silver tooth
And dozed and waited through eternity
Until the tricksy hero Herakles
Came to this dispossession and the theft.
Randolph Henry Ash, from The Garden of Proserpina, 1861
Os livros. A sua cálida,
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais.
Tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais.
Tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.
Eugénio de Andrade
Assinar:
Postagens (Atom)