Na gravidade dos pés e da
cabeça, e também dos olhos, com que nos são alheias
quando as olhamos de
frente rumo ao lado útil do caminho que escolhemos, essas
pessoas arrastam uma nuvem
prateada que a cada passo larga uma imagem daquilo
que foram ou das pessoas
que amaram. Essas imagens podem
desaparecer para sempre se forem pisadas quando caem no
chão. A gravidade dos pés
e da cabeça, e também dos olhos, dessas
pessoas, é, por isso, uma
subtil forma de cuidado.
Rui Costa
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