Não me torture muito. Eu sou como aquele velho mendigo que não queria largar-me a mão, um dia, na esplanada de um café: "Ah!, meu caro senhor, dizia ele, não é que se seja má pessoa, mas perde-se a luz." Sim, perdemos a luz, as manhãs, a santa inocência daquele que se perdoa a si mesmo.


Albert Camus, A Queda

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