É PROIBIDA A ENTRADA A QUEM NÃO ANDAR ESPANTADO DE EXISTIR
Eu tenho raiva à ternura. Eu tenho raiva de ter raiva à ternura. Eu tenho a doença da ternura por ter raiva. Eu tenho tudo excepto a ternura. Eu não tenho ternura e sofro de inveja de quem tem ternura. Eu já só tenho raiva.
Manuel Cintra
It ain't right with love to share
When you find he doesn't care, for you
It ain't wise to need someone
As much as I depended on, you
It's a heartache
Nothing but a heartache
Love him till your arms break
Then he lets you down
Vou perdendo películas do meu corpo em cada dia que passa, um cabelo, um reflexo, um dente que talvez nem me faca falta amanha. Mas os dentes nunca partem sozinhos, levam consigo um certo modo de olhar para as coisas e então já não sou quem fui quando antigamente saltava para as ondas e me divertia como se fosse um anfíbio louco nas praias desertas. Deserto sou agora – deserto e talvez um pouco mais sábio, um homem que sabe que o seu corpo foi comido pela alma. Vou perdendo nos dentes e nos cabelos
o cerne da madeira bêbeda que parecia nave de catedral – o que vou ganhando não sei ainda sabendo agora que bebo e amo e devoro os minutos voláteis que preparam a hora da minha morte.
Teu nome, pois tens nome. A minha vida inteira foi isso: um nome. Porque o sei não existo. Um nome respirado não é um beijo. Um nome perseguido sobre uns lábios não é o mundo, mas o seu sonho às cegas. Assim sob a terra, respirei a terra. Sobre o teu corpo respirei a luz. Dentro de ti nasci: morri por isso.
Vicente Aleixandre
J'ai cru entendre "je t'aime"
J'ai pensé "c'est son problème"
J'ai cru entendre "je t'aime"
J'ai pensé "c'est son problème"
Peu importe que tu y crois
Peu importe que je sois
A bout de moi, à court de tout
Mais pas de ça entre nous
Être un corps je suis d'accord
T'offrir mes bras pourquoi pas
Mon lit OK encore
Pour rire ou salir les draps
Mais je crains que pour tout ça
Tu doives entendre "je t'aime"
Tu doives entendre "je t'aime"
Je suis vieux, veuf et sectaire
Un pauvre imbécile secrétaire
Je suis beau, jeune et breton
Je sens la pluie, l'océan et les crêpes au citron
Tais-toi un peu petit trésor
Tu as tout faux une fois encore
Suis très précieux, épargne-moi
D'accord mais entre nous pas de ça
Être un corps je suis d'accord
Je cherche seulement des bras
Mon lit OK encore
Des délices sous les draps
Mais je crains que pour tout ça
Tu doives entendre...
O vento corre de pés frios e atira chuva fina como lâminas corta e fere-nos o rosto Somos dois pontos num campo que aparentemente cegos e sem fundamento se movem um em direcção ao outro
O que há em mim é sobretudo cansaço - Não disto nem daquilo, Nem sequer de tudo ou de nada: Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. A subtileza das sensações inúteis, As paixões violentas por coisa nenhuma, Os amores intensos por o suposto alguém, Essas coisas todas - Essas e o que faz falta nelas eternamente -; Tudo isso faz um cansaço, Este cansaço, Cansaço.
Há sem dúvida quem ame o infinito, Há sem dúvida quem deseje o impossível, Há sem dúvida quem não queira nada - Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles: Porque eu amo infinitamente o finito, Porque eu desejo impossivelmente o possível, Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser, Ou até se não puder ser...E o resultado? Para eles a vida vivida ou sonhada, Para eles o sonho sonhado ou vivido, Para eles a média entre tudo e nada, isto é, a vida... Para mim só um grande, um profundo, E, ah com que felicidade infecundo, cansaço, Um supremíssimo cansaço. Íssimo, íssimo, íssimo, Cansaço...
Fernando Pessoa
Gosto das cebolas e das pessoas
Mas as pessoas são como as cebolas fazem chorar
Adília Lopes
Ainda não consegui decidir se gosto do novo penteado da Spencer...
Já instalei o Instagram e o Whatsapp no meu telemóvel. Já me posso considerar uma pessoa da nova geração???
Quem tem os melhores tios que se lembram da sobrinha e lhe oferecem um kg de gomas, quem é????