Ontem foi o dia do Santini! Uma das gelatarias mais famosas de Lisboa fazia ontem 63 anos e para comemorar fizeram uma promoção de 63% de desconto em todos os gelados. Eu e o João Não Sei Quantos não resistimos e lá ficamos na fila, que era bastante pequena em comparação com a da visita às catacumbas de Lisboa (http://www.dn.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1671645&seccao=Sul), para comer o nosso geladinho. Recomendo o sabor de Anona (para quem adora anonas como eu!).
A música fizera-o assim vibrar. A música perturbara-o muitas vezes. Mas a música não era articulada. Não era um mundo novo, mas, antes, um novo caos o que ela em nós criava. Palavras! Meras palavras! Que terríveis eram! Que nítidas, vividas e cruéis eram essas palavras! Não era possível fugir-lhes! E, todavia, que subtil magia nelas havia! Pareciam ter o condão de dar forma plástica às coisas informes, pareciam possuir uma música própria, tão maviosa como a do violino ou a do alaúde. Meras palavras! Havia alguma coisa que fosse tão real como as palavras?
Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray
Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Algũa cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Tão cedo desta vida descontente,
Repousa lá no Céu eternamente,
E viva eu cá na terra sempre triste.
Se lá no assento Etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente,
Que já nos olhos meus tão puro viste.
E se vires que pode merecer-te
Algũa cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,
Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
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